Carcinoma basocelular da pele: sintomas, tipos, causas e tratamento

A cada dia que passa, as pessoas estão mais preocupadas em relação à sua própria saúde. Em vista disso, muitos procuram começar a ter hábitos mais saudáveis.

Mas, de todas as preocupações, os cuidados com a pele vêm se tornando mais comuns. E isso acontece em especial porque é um dos órgãos mais suscetíveis.

Inclusive, não é à toa que o carcinoma basocelular é um dos tipos de câncer mais comum no Brasil. Então, a fim de evitar esse problema, é importante rever algumas ações.

Além disso, você saberia dizer quais são os sintomas do carcinoma basocelular da pele? E em relação às suas causas?

Entender melhor sobre esse assunto é uma excelente maneira de se precaver, também. Por isso, no artigo de hoje, iremos falar tudo o que você precisa saber a respeito desse assunto.

O que é carcinoma basocelular da pele?‍

Em suma, trata-se de um tumor maligno, o qual é capaz de causar lesão local agressiva. No entanto, na grande maioria das vezes, não faz metástase.

Fora isso, também é um dos cânceres de pele mais frequentes no Brasil, o que faz necessário com que as pessoas se informem melhor sobre esse assunto.

O carcinoma basocelular da pele surge nas células basais, e é por essa razão que leva esse nome. Além disso, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional em São Paulo, a sua prevalência pode alcançar o índice de 65% dos casos de câncer de pele.

No entanto, ainda que seja o tipo mais comum, o carcinoma basocelular pode sim acometer outras camadas, infiltrando-se na musculatura e fáscia.

Em razão disso, é de grande importância ficar atento a todos os sintomas, para que seja possível procurar por um médico o quanto antes e, dessa forma, ele já indicar o tratamento precoce.

Sobre o perfil de paciente para esse tipo de câncer, ele costuma ser mais presente em pessoas de pele clara.

Em vista disso, a recomendação de usar protetor solar com fator de proteção adequado ao seu tipo de pele é fundamental.

Outra coisa que você precisa saber sobre o carcinoma basocelular da pele é o fato de existir diferentes tipos e, dentre eles, podemos citar os seguintes:

Carcinoma basocelular nodular (CBC)

Trata-se de um tipo bem comum de tumor, sendo que ele costuma ser um pouco menor e, como o próprio nome indica, se apresenta em forma de nódulo.

Além disso, costumam ser firmes, rosados e brilhantes, sendo que também podem apresentar telangiectasias nas bordas.

Em áreas de maior exposição solar, esse câncer pode ter uma aparência perolada, como se fosse uma pápula perlacea.

Carcinoma basocelular morfeiforme

Não é um tipo tão comum, mas há pacientes que podem desenvolver esse tipo de carcinoma basocelular da pele.

Se esse for o caso, costuma ter uma aparência de placa plana e cerosa. No entanto, não tem demarcação específica, sendo que pode apresentar bastante telangiectasia.

Carcinoma basocelular pigmentado

Outro tipo de câncer de pele que costuma ser mais raro, sendo que ele tende a se apresentar com uma pigmentação mais escura.

Inclusive, devido a esse aspecto, os médicos podem achar que se trata de um melanoma. Para descartar essa hipótese, é importante ter um diagnóstico mais preciso.

Carcinoma basocelular superficial

No caso do carcinoma basocelular superficial, o paciente costuma ter lesões que são eritematoescamosas.

Ou seja, tem uma aparência bem parecida com uma dermatite, em especial se for em um local muito exposto ao sol.

Além disso, esse câncer costuma ser mais comum em pacientes idoso, sendo que raras são às vezes em que ele se torna metastático.

Carcinoma basocelular infiltrativo

Esse carcinoma tende a ser mais perigoso, uma vez que ele tem alto risco de recidivar, já que ele é capaz de se infiltrar nas camadas da pele.

Carcinoma basocelular micronodular

Outro tipo de carcinoma que tem bastante chance de recidiva, uma vez que as ilhas de células na pele são descontínuas.

Carcinoma basocelular cístico

O carcinoma basocelular da pele cística se apresenta, como o próprio nome indica, como um cisto. Por isso, ele costuma confundir na hora do diagnóstico.

Por essa razão, o médico precisa fazer a exérese da lesão cística e enviar para uma análise histológica, para obter maior e melhores detalhes.

Esclerodermiforme

Esse tipo de carcinoma basocelular da pele é mais comum de se apresentar como se fosse a uma cicatriz, mais ou menos.

O grande problema nesse caso é o fato de ser muito mal delimitado. Em vista disso, pode recidivar depois da cirurgia de remoção.

Quais são os principais sintomas do carcinoma basocelular da pele?

Na verdade, as células tumorais podem se desenvolver de formas distintas, a depender do tipo de câncer que o paciente tem.

Entretanto, esse tipo de câncer costuma se desenvolver, em especial, nas áreas do corpo que estão mais expostas à luz solar. Nesses casos, costuma apresentar os seguintes sinais:

  • Feridas que podem sangrar várias vezes;
  • Lesão que não cicatriza;
  • Elevação na pele com uma cor esbranquiçada;
  • Possível visualização de pequenos vasos sanguíneos;
  • Mancha marrom ou vermelha que aumenta com o tempo.

Ao notar qualquer um desses sinais, é de grande importância que você procure por um dermatologista, a fim de que ele possa fazer o devido diagnóstico e indicar o melhor tratamento.

Fora isso, se por acaso a mancha na pele ter características como borda irregular, aumentar de tamanho de forma abrupta ou ser assimétrico, pode indicar melanoma.

Quais são as possíveis causas do carcinoma basocelular da pele?

A principal causa do carcinoma basocelular da pele é quando as células da região externa sofrem alguma alteração genética.

Por consequência, se reproduzem de maneira desordenada, algo que pode levar ao surgimento de lesões no corpo, em especial no rosto.

Essa desordem ocorre por conta da exposição excessiva a raios ultravioletas, os quais podem vir tanto da luz solar quanto de bronzeamento artificial.

Ainda que o carcinoma basocelular da pele possa crescer lentamente, caso não ocorra o devido tratamento, o paciente pode sofrer danos ainda maiores.

Afinal de contas, a lesão tende a ficar menor, o que resulta na necessidade de remover uma parte maior da pele.

Isso pode ocasionar em desfiguração, fazendo necessário procurar por tratamentos faciais, a fim de resolver o problema.

Até pode acontecer de o problema se desenvolver em uma região não tão exposta ao sol, mas, nesse caso, as causas não são tão claras.

Como é feito o tratamento para carcinoma basocelular da pele?

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer em que o médico precisa remover a lesão, a fim de que o paciente possa experienciar a cura.

Por isso, na grande maioria dos casos, o tratamento é por via cirúrgica a laser ou com aplicação de frio, na região da lesão.

Dessa forma, torna-se possível remover todas as células malignas, algo que irá impedir com que elas se desenvolvam.

A cirurgia micrográfica de Mohs é uma das técnicas mais comuns, uma vez que garante muita segurança e precisão.

No entanto, por mais que as chances de cura sejam altas, o médico ainda pode indicar algumas consultas de revisão, a fim de avaliar se o câncer continua crescendo.

Além disso, como pode existir possibilidade de recidiva, o ideal é que o paciente faça consultas periódicas, para garantir o seu bem-estar.

O médico ainda pode indicar para que o paciente faça algumas sessões de terapia fotodinâmica, radio ou quimioterapia, para que seja possível atrasar a evolução do câncer.

Terapia fotodinâmica carcinoma basocelular

Trata-se de uma excelente maneira de tratar esse tipo de câncer, o qual utiliza a ativação de luz e o uso de algumas substâncias fotossensibilizadoras para tratar o carcinoma.

Esse tipo de terapia é capaz de diminuir o grau e a invasão do câncer, uma vez que ele age direto no foco do problema.

Inclusive, isso também irá cooperar para que o paciente possa se recuperar mais rápido, além de ser menos dolorida também.

Como prevenir o carcinoma basocelular da pele?

Para se prevenir desse problema, o ideal é que se faça uso constante e correto do protetor solar, com fator de proteção maior que 30.

Além disso, evite se expor ao sol nos horários em que os raios UVA e UVB estão mais intensos. Sempre que se expor ao sol, utilize óculos escuros, roupas com proteção UV, protetor labial com filtro solar, chapéus etc.

Fora isso, saiba que há alguns procedimentos que podem contribuir para o desenvolvimento do carcinoma basocelular da pele, como o bronzeamento artificial.

Tenha um cuidado ainda mais especial com bebês e crianças, uma vez que eles são mais suscetíveis aos efeitos negativos do sol. Por isso, aplique o filtro solar próprio para a sua idade.

Medicamento para carcinoma basocelular

A fim de tratar o carcinoma basocelular da pele, o médico ainda pode indicar o uso de alguns medicamentos.

É claro que a escolha irá variar de acordo com o problema do paciente, haja vista que diferentes tipos de carcinoma basocelular.

Sendo assim, primeiro o médico precisa avaliar as condições do paciente e averiguar a situação do câncer em si.

Deve-se levar em consideração o local e a extensão da lesão. Fora isso, também precisa obter informações a respeito das características do câncer.

Dermatoscopia de carcinoma basocelular

A dermatoscopia é um tipo de diagnóstico não invasivo, o qual visa ajudar o profissional a avaliar lesões pigmentadas na pele.

Para isso, ele se utiliza de um dermatoscópio, um tipo de instrumento que permite com que ele visualize, de maneira mais precisa, possíveis lesões cutâneas.

Esse tipo de técnica visa garantir um diagnóstico muito mais preciso, algo que irá ajudar o médico a indicar tratamentos mais adequados.

Antes dessa técnica, o exame era feito a olho nu, o que dificultava e muito observar a lesão de maneira detalhada.

Inclusive, por essa razão, acabava atrasando o diagnóstico, fazendo com que o câncer pudesse se desenvolver.

Pomada para carcinoma basocelular

A fim de fazer com que o tumor desapareça, o médico ainda pode indicar o uso de algumas pomadas, sendo que a aplicação pode variar de acordo com o tipo. Dentre eles, citamos os seguintes:

Ingenol mebutate

Trata-se de um tipo de gel muito comum de se usar no tratamento de queratose actínica, o qual é capaz de agir muito mais rápido que outros géis tópicos.

Para tal, é preciso aplicar por 2 ou 3 dias, a depender da recomendação médica. Ainda que ele possa causar algumas reações incômodas, esse tende a dissipar depois de uma semana.

Imiquimod

É um creme muito útil para alguns cânceres de células basais, uma vez que faz com que o sistema imunológico reaja à lesão da pele.

Dessa forma, acaba por destruí-lo. Nesse caso, a aplicação deve ser algumas vezes por semana, por várias semanas.

Iuorouracil

Este medicamento é ideal para cânceres de pele basocelulares e espinocelulares. Nesse caso, a aplicação deve ser de uma a duas vezes por dia, por várias semanas.

Ao aplicar direto na pele, o 5-FU acaba atingindo as células cancerígenas da superfície, mas não é capaz de chegar nas células mais profundas ou que sofreram metástase.

Em vista disso, é mais comum que o médico indique o seu uso para lesões pré-cancerígenas, como alguns tipos de câncer de pele mais superficiais.

No entanto, o 5-FU pode aumentar a sensibilidade à luz solar. Por essa razão, o paciente deve proteger o local da exposição solar por algumas semanas.

Ainda que ele possa causar alguns efeitos colaterais, são bem menores do que se o paciente tivesse que passar pela quimioterapia sistêmica.

Diclofenaco

Às vezes, o médico pode indicar o seu uso em forma de gel que, nesse caso, serve como um excelente anti-inflamatório não esteroide.

Na grande maioria das vezes, a aplicação é feita duas vezes ao dia, por cerca de 2 ou 3 meses. Entretanto, ele também pode provocar reações na pele também.

Referências

Terapia fotodinâmica em dermatologia: princípios básicos e aplicações. Disponível em:
https://ift.tt/0ua7Xm9

Dermatoscopia: importância para a prática clínica. Disponível em:
https://ift.tt/jXniYSZ basocelular. Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/distúrbios-da-pele/cânceres-de-pele/carcinoma-basocelular



Post Original Especialista em Câncer de Pele

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